Parada cardíaca

A parada cardíaca ocorre quando o coração pára de bombear sangue.

INDICE Fisiopatologia Súbita Causas naturais Em crianças Fatores de risco Parada cardíaca ou infarto Diagnóstico Tratamento imediato Tratamento Sobrevivência

 

Uma pessoa está em perigo de:

1. Colapso,
2. Parar de respirar,
3. Perder a consciência.

Para quem tem sorte, estes sintomas podem ser precedidos por:

1. Cansaço,
2. Desmaios,
3. Tontura,
4. Dor no peito,
5. Falta de ar,
6. Palpitações
7. Vômitos.

No entanto, muitas vezes não é precedido por sinal e sintomas.
Falamos de parada cardíaca primaria quando:

1. Ocorre de repente,
2. È causada por uma arritmia (taquicardia ventricular sem pulso ou fibrilação ventricular, arritmias que não podem ser previstas).

 

Desenvolvimento da parada cardíaca (fisiopatologia)

A causa da parada cardíaca súbita é geralmente uma anormalidade no ritmo cardíaco (arritmia), ou seja, um mau funcionamento do sistema elétrico do coração.
O coração tem seu estimulador elétrico interno, é um grupo de células especializadas chamado de nodo sinusal.
Está localizado no átrio direito (câmara cardíaca superior direita) do coração.
O nó sinusal gera impulsos elétricos que se propagam pelo coração e causam a contração dos átrios e ventrículos (sístole).
Desta forma, coordena a atividade de bombeamento de sangue para o resto do corpo.
Se o nó sinusal ou o impulso elétrico não funcionar corretamente, pode ocorrer uma arritmia, ou seja, um batimento cardíaco:

1. Muito rápido,
2. Muito lento,
3. Irregular.

Muitas vezes essas interrupções no ritmo são momentâneas e inofensivas.
No entanto, alguns tipos de arritmia podem ser graves e podem causar um bloqueio da atividade do coração.
A causa mais frequente de parada cardíaca é uma arritmia chamada de fibrilação ventricular.
Esse distúrbio é caracterizado por impulsos elétricos rápidos e irregulares que provocam um tremor dos ventrículos, em vez de uma contração efetiva.

 

Parada cardíaca súbita

A parada cardíaca ocorre quando o coração pára de bater de repente.
Em caso de parada cardíaca fulminante, o sangue não alcança:

1. O cérebro,
2. Outros órgãos vitais.

Se não for tratada dentro de poucos minutos, uma parada cardíaca súbita provoca a morte.

Causas de parada cardíaca súbita

1. Doença cardíaca: encontra-se em vítimas de morte cardíaca súbita. Em 90% dos casos é observado o estreitamento das artérias coronárias. No caso de doença arterial coronariana, as artérias são obstruídas por placas de colesterol e outras substâncias e reduzem o fluxo sanguíneo no coração. Um infarto causa a formação de tecido cicatricial no coração que pode bloquear ou interferir com o impulso elétrico. A conseqüência é a arritmia.
2. Parada cardíaca causada por medicamentos para o coração: às vezes, causam uma arritmia ventricular letal.
3. Embolia pulmonar – também pode causar a morte súbita. Na perna ou no braço, formam-se coágulos sanguíneos (trombos) que podem se soltar e viajar na circulação para o pulmão. Aqui podem bloquear uma artéria e reduzir a passagem de oxigênio para o sangue.
   Os fatores de risco para coágulos sanguíneos são:
   • Cirurgia,
   • Imobilização prolongada (por exemplo, hospitalização, viagens longas de carro ou de avião).
   • Trauma,
   • Algumas doenças, por exemplo, câncer.
4. Baixo teor de potássio ou magnésio no sangue. Estes minerais desempenham um papel importante na propagação do impulso elétrico do coração.
5. Grave perda de sangue,
6. Grave falta de oxigênio,
7. A liberação de adrenalina durante uma atividade atlética intensa pode provocar a morte do coração.
8. A parada cardíaca pode ocorrer durante uma operação cirúrgica por causa da anestesia.

 

Causas naturais de parada cardíaca

A causa mais comum e perigosa é um ritmo cardíaco irregular perigoso chamado fibrilação ventricular (FV).
A fibrilação ventricular ocorre quando a atividade elétrica se torna tão confusa que o coração fibrila e pára de bombear sangue. Existem várias causas da FV.
As causas da parada cardíaca incluem algumas doenças de coração, por exemplo:

1. Cardiopatia isquêmica;
2. Infarto do miocárdio;
3. Cardiomiopatia – se o músculo cardíaco estiver engrossado, pode causar arritmia;
4. Cardiopatias congênitas;
5. Valvopatia (tais como a estenose da valva aórtica) – parte do sangue do ventrículo retorna ao átrio durante a contração ou o átrio bombeia menos sangue para o ventrículo. A consequência é a dilatação do miocárdio para empurrar sangue suficiente para o resto do corpo;
6. Miocardite aguda (inflamação do músculo do coração);
7. Arritmia, tais como a síndrome do QT longo e a síndrome de Brugada.

A fibrilação ventricular também pode ocorrer se:

1. Diminui o oxigênio no corpo, por exemplo quando se engasga;
2. Se toma droga como cocaína ou mefedrona;
3. Se perde uma grande quantidade de sangue.

Às vezes você pode corrigir a FV com um choque elétrico através da parede torácica com um dispositivo chamado desfibrilador.

 

Causas de parada cardíaca em crianças

Os motivos principais pelos quais se desenvolve uma parada cardíaca em crianças são:

• Trauma;
• Nos recém-nascidos ocorre principalmente devido á afogamento ou por obstrução das vias respiratórias, mesmo se o coração esteja saudável.
• Geralmente, nos jovens a parada cardíaca ocorre por causa de uma arritmia, pode ocorrer durante o dia, mas até mesmo durante a noite no sono. O risco de arritmias letais é alto no caso de:
  • Cardiopatia congênita,
  • Miocardiopatia dilatada,
  • Miocardite
• A parada cardíaca durante esportes pode ocorrer principalmente devido à fibrilação ventricular.

Em 80% dos casos, as crianças não apresentam uma parada cardíaca de repente, mas a origem é sempre uma doença respiratória ou cardiocirculatória que não é identificada ou tratada precocemente.
Isso pode evoluir para:

1. Hipóxia,
2. Acidose.

Os dois ritmos cardíacos anormais mais frequentes em idade pediátrica são:

1. Bradicardia (pode se tornar uma atividade elétrica sem pulso),
2. Assistolia (o caso pior).

A maioria dessas crianças morre ou desenvolve uma falência de múltiplos órgãos.
As consequências são principalmente ao nível dos nervos, logo podem desenvolver problemas:

1. Cognitivos,
2. De movimento.

Em caso de parada cardiorrespiratória, a criança tem 40-50% de chance de ser recuperada sem conseqüências.

Como avaliar uma criança?
É necessário verificar:

1. Vias aéreas,
2. Respiração,
3. Circulação.

Os sinais e sintomas que indicam o risco de parada cardíaca ou respiratória são:

• Dificuldades respiratórias,
• Cianose nas membranas mucosas (boca, língua, etc.).

A cianose nas pernas e braços com febre pode ser causada pela acrocianose no recém-nascido. O recém-nascido pode ter mãos e pés escuros nas primeiras horas após o nascimento.

Aviso: você tem que avaliar os pulsos (não o pulso) para ver se a criança está em estado de choque.

1. Pulsos centrais: no lactente são o braquial (no braço) e o femoral (na virilha). Na criança, o pulso é carotídeo ou femoral.
2. Pulsos periféricos: radial (entre a mão e antebraço) e pedioso (na parte dorsal do pé): estes são os primeiros que tornam-se alterados e devem ser comparados com os centrais.

Quando os pulsos periféricos estão ausentes, mesmo os centrais não são muito evidentes.

Fatores de risco da parada cardíaca

A parada cardíaca súbita pode ter varios fatores de risco:
Entre estes estão:

• História familiar de doença coronariana;
• Fumo;
• Hipertensão arterial;
• Níveis elevados de colesterol no sangue;
• Obesidade;
• Diabetes;
• Estilo de vida sedentário;
• Anorexia  e Bulimia (especialmente nos jovens)
• Abuso de álcool (mais de um copo por dia).

Outros fatores que podem aumentar o risco de ataque cardíaco súbito incluem:

• Episódio anterior ou familiaridade de ataque cardíaco.
• História pessoal ou familiar de outras doenças cardíacas, tais como a arritmia cardíaca, cardiopatia congênita, a insuficiência cardíaca e a miocardiopatia.
• Idade: A incidência da parada cardíaca súbita aumenta com a idade, especialmente depois de 45 anos para homens e 55 para mulheres.
• Gênero masculino: os homens são duas ou três vezes mais propensos a sofrer uma parada cardíaca súbita do que as mulheres.
• Uso de drogas ilícitas como a cocaína ou anfetaminas.

 

Parada cardíaca e infarto do miocárdio

O ataque cardíaco (também chamado de infarto do miocárdio) é uma interrupção do fluxo sanguíneo devido à oclusão da artéria coronária.
O bloqueio pode ser completo ou parcial e pode afetar uma ou mais artérias coronárias.
Este tipo de interrupção do fornecimento de sangue causa a morte de uma parte do músculo do coração.
Esta doença geralmente ocorre juntamente com sintomas graves como:

1. Aperto no peito,
2. Dificuldade em respirar,
3. Ansiedade.

Geralmente, a interrupção do fluxo de sangue é causada por um coágulo na artéria coronária.
O tratamento do ataque cardíaco é dissolver esse trombo.

Diferença entre ataque cardíaco e infarto
A parada cardíaca não é igual ao infarto.
O ataque cardíaco é a conseqüência de uma interrupção da circulação sanguínea nas artérias coronárias.
Uma das causas da parada cardíaca é a hipóxia e a grave carência de oxigênio no músculo do coração que pára de funcionar. Portanto, o ataque cardíaco pode ser uma causa de parada cardíaca.

No entanto, na maioria dos casos, o ataque cardíaco não causa parada cardíaca.
A parada cardíaca é a interrupção da atividade elétrica do coração.

 

Exames de diagnóstico após a parada cardíaca

O primeiro índice de parada cardiaca súbita é a perda súbita de consciência, mas é freqüentemente diagnosticada muito tarde.
Em caso de parada cardíaca temporária, o médico prescrev alguns exames para entender o motivo.
Os exames de diagnósticos incluem:

• Eletrocardiograma (ECG): é um exame simples que registra a atividade elétrica da superfície do corpo. Um ECG pode revelar ritmos cardíacos anormais ou impulsos elétricos anormais, como um intervalo QT longo que aumenta o risco de morte súbita.
• Radiografia de tórax. Uma imagem radiográfica do tórax permite ao médico verificar o tamanho e a forma do coração.
  É útil para o diagnóstico de insuficiência cardíaca.
• Ecocardiograma: utiliza ondas sonoras para criar uma imagem em movimento. O ecocardiograma fornece informações sobre o tamanho, forma e funcionalidade das camêras e das válvulas cardíacas. Pode ajudar a identificar se uma área do coração foi danificada por um ataque cardíaco e não está bombeando normalmente ou se há anormalidades nas válvulas.

 

O que fazer? Tratamento imediato

A parada cardíaca súbita é uma emergência médica e precisa de tratamento imediato. Se a intervenção é rápida, as chances de sobrevivência são maiores.
Quando o coração pára, o sangue oxigenado não atinge o cérebro e pode causar danos cerebrais em poucos minutos.
Como conseqüência, a morte ocorre dentro de 8-10 minutos.

Gestão da pessoa afetada
Quem vê um ataque cardíaco súbito em uma pessoa deve:

1. Chamar imediatamente o 192,
2. Começar a SBV (Suporte Básico de Vida).

Enquanto espera no pronto socorro é necessário realizar as manobras do SBV (suporte básico de vida) ou massagem cardíaca.

A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) pode salvar a vida de uma pessoa porque este procedimento mantém o sangue e o oxigênio em circulação no corpo até a chegada de ajuda.

1. 

   © fotolia.com

   Para evitar que a língua enrole para dentro da garganta é necessário colocar o pescoço em extensão, elevando o queixo com dois dedos.

2. Na ressuscitação cardiopulmonar ou reanimação cardiopulmonar (RCP) é suficiente apertar forte e rápidamente no peito da pessoa, liberando completamente o peito após cada compressão.
3. Com um ritmo de cerca de 2 compressões por segundo até que chegue a ambulância.

Este ciclo deve ser executado até que:

1. O pessoal de emergência chegue
2. A pessoa recupere a consciência.

Se você tiver o desfibrilador automático externo (DEA), a melhor maneira de salvar o paciente é a desfibrilação com este dispositivo.

É disponível um desfibrilador automático externo (DEA) portátil em vários lugares, como aeroportos e shoppings.
A presença do desfibrilador portátil é ideal em situações de emergência, só para quem sabe usá-lo.
Você tem que aplicar uma corrente elétrica se houver as condições certas para fazê-lo e em seguida, iniciar ou retomar a CPR com compressões torácicas durante 2 minutos.

Quanto mais rápido for realizada a desfibrilação, maior a chance de sobrevivência.
Quando chega a ambulância eles podem fazer a desfibrilação para reanimar o coração.
Isto é feito através de um choque elétrico direto ao coração através das placas colocadas sobre o peito.

No pronto socorro, os médicos tentam estabilizar as condições do paciente e de tratar quaisquer outras doenças:

1. Um ataque cardíaco,
2. Insuficiência cardíaca,
3. Os desequilíbrios eletrolíticos.

Em muitos casos são administrados medicamentos para estabilizar o ritmo cardíaco.

Depois de haver estabilizado o paciente, pode ser necessário realizar outros exames para determinar a causa da doença.
É muito importante que as pessoas saibam os sintomas da parada cardíaca para poder intervir imediatamente.
Esta desordem pode ser resolvida com um tratamento dentro de alguns minutos do episódio.

Como parar um ataque do coração por si só?
Não existe nenhuma maneira eficaz para parar ataques cardíacos se a pessoa afetada está sozinha. É necessária uma intervenção médica apropriada.
A única maneira é prevenir o infarto do miocárdio antes que aconteça, seguindo um estilo de vida saudável, uma dieta para a saúde do coração e observar cuidadosamente o tratamento se foi diagnosticada com uma doença cardiovascular.

 

Quanto tempo se pode sobreviver em caso de parada cardíaca? Prognóstico da assistolia

O prognóstico varia de um caso para outro.
Alguns pacientes entram em coma e o despertar pode ocorrer após alguns dias, semanas ou após um período indeterminado.
Em outros as funções são apenas parcialmente recuperadas.

A mortalidade aumenta em proporção direta com o tempo durante o qual o coração não bate.
A taxa de sobrevivência pode chegar a 90% se o tratamento inicia nos primeiros minutos após um ataque cardíaco.
A taxa diminui de 10% a cada minuto que passa.
Quem sobrevive têm uma boa perspectiva a longo prazo.
Uma intervenção nos primeiros minutos pode salvar a pessoa, mas após 9/10 minutos ocorre a morte cerebral.

Se uma criança tiver uma parada cardíaca devido à fibrilação ventricular fora do hospital e passa algum tempo antes de chegar à sala de emergência (geralmente 5 a 7 minutos), a fibrilação se torna facilmente uma assistolia.

Prevenção
Para prevenir o ataque cardíaco, é necessário:

1. Parar de fumar,
2. Reduzir o peso do corpo,
3. Diminuir o nível de colesterol e glicose no sangue.

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