A pitiríase rósea de Gibert é uma erupção da pele que geralmente começa como uma grande mácula (mancha) circular ou oval, com bordas levantadas sobre:
- Peito,
- Abdômen,
- Costas.
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A mácula ou mancha mãe da pitiríase rósea pode ter até 10 centímetros de tamanho.
Após cerca de 1-2 semanas, ocorre uma erupção cutânea difusa, com lesões cutâneas menores (manchas filhas) que:
- Se originam do centro do corpo,
- Se espalham com uma forma tipo ramos de pinheiro que parecem cair.
Tipos de pitiríase rósea
1. Pitiríase rósea gigante: manifesta-se na boca, unhas, órgãos genitais e couro cabeludo, mas tem as características da doença clássica;
2. Pitiríase rósea circinada e marginada de Vidal: é caracterizada por manchas vermelhas de dimensões maiores, mas elas estão longe uma da outra e são menos numerosas. Isto pode durar vários meses.
3. Pitiríase rósea vesicular: afeta principalmente os jovens negros.
4. Pitiríase rósea urticada: ocorre em conjunto com a urticária.
Causas da pitiríase rósea de Gibert
Os médicos não sabem o que causa a pitiríase rósea.
Alguns acreditam que seja infecciosa e causada pelo herpes vírus tipo 6 e 7, mas os cientistas devem ainda provar essa teoria.
As pessoas com idade incluída entre 10 e 40 anos e as mulheres grávidas tem mais probabilidade de adoecer de pitiríase rósea, mas pode acontecer:
- Em qualquer idade,
- Ás pessoas de qualquer raça.
É mais frequente:
- Na primavera,
- No outono.
Sintomas da pitiríase rósea
Os sintomas da pitiríase rósea podem progredir em três fases distintas. No entanto, existe uma forma atípica da doença em que falta a primeira ou a segunda fase descrita abaixo.
Sintomas iniciais
Algumas pessoas com pitiríase rósea têm alguns sintomas iniciais de alguns dias até uma semana antes do aparecimento da erupção cutânea.
Entre estes estão:
1. Febre (rara)
2. Náusea
3. Perda de apetite
4. Dor de cabeça
5. Dores articulares (raras)
6. Dor de garganta
7. Sensação de mal-estar geral
8. Nódulos linfáticos inchados (raros)
Estes sintomas geralmente desaparecem com o tempo e o indivíduo passa para a fase de erupção da pele.
Segunda fase: a grande mácula
Geralmente, a fase sucessiva é o aparecimento de uma mancha vermelha e oval da pele escamosa que cresce por alguns dias.
A borda da mancha é
- Definida,
- Um pouco escamosa.
No centro da pele:
- Há uma descamação fina,
- A cor é semelhante ao resto da pele.
Esta erupção é chamada mancha mãe ou medalhão de Gibert.
A mácula tem um tamanho que varia de 2 a 10 cm.
A mancha geralmente aparece:
- No tronco (abdômen, tórax, costas)
- No pescoço.
Raramente a mácula da pitiríase rósea de Gibert aparece:
- No rosto,
- No couro cabeludo,
- Na área genital.
Pitiríase rósea
© Massimo Defilippo
Terceira fase: erupção cutânea secundária
Geralmente, uma erupção da pele secundária:
- Se desenvolve dentro de poucos dias após o aparecimento da mancha redonda,
- Pode continuar a se espalhar nas seguintes duas-seis semanas.
A erupção cutânea consiste de pequenas manchas levantadas que têm geralmente um tamanho entre 1 cm e 2 cm.
Na maioria das pessoas se desenvolvem várias manchas:
- No tronco
- No pescoço,
- Nos braços,
- Na parte superior das coxas.
Geralmente o rosto não é afetado.
Em pessoas com:
- Pele clara, as pápulas são de cor rosa-avermelhada,
- Pele escura, a erupção da pele pode ser cinza, marrom ou preta.
Geralmente, as pápulas formam uma figura simétrica:
- Que se parece a uma árvore de Natal na parte superior das costas, e de facto as manchas são obliquas como os ramos da arvore.
- Com uma forma de “V” no peito.
A erupção secundária não é dolorosa, mas pode causar coceira na pele.
A coceira pode ser de moderada a grave.
Muitas vezes piora:
- Em caso de excesso de transpiração,
- Vestindo roupas apertadas.
A pitiríase rósea poderia ser causada por uma infecção viral?
De acordo com os estudos científicos mais recentes, a origem da pitiríase poderia ser uma infecção viral.
O vírus foi identificado recentemente na família do herpes vírus.
As crianças e os jovens são mais afetados por razões desconhecidas.
A pitiríase rósea não parece ser contagiosa, mas outros membros da família deveriam praticar uma higiene pessoal mais rigorosa para se sentir mais relaxados.
Diagnóstico de pitiríase rósea
O médico diagnostica a pitiríase rósea examinando a erupção cutânea.
O diagnóstico pode ser difícil quando se vê apenas a grande mácula, porque a doença é confundida muitas vezes com micose ou eczema nesta fase.
No diagnóstico diferencial, o médico deve descartar também:
- Psoríase e parapsoríase
- Sífilis secundária
- Dermatite seborreica
- Urticária
- Micose
- Reação alérgica.
Após o aparecimento da erupção cutânea, o diagnóstico é simples.
A biópsia da pele é realizada apenas em caso de pitiríase rósea persistente, ou seja, se não passa.
Tratamento da pitiríase rósea de Gibert
Dado que geralmente a pitiríase rósea passa sozinha entre duas e doze semanas após o aparecimento, não é necessário um tratamento se não ocorre uma grave coceira.
Existem três tratamentos principais:
- Emolientes – cremes para a pele que são projetados para hidratar a pele
- Cortisona tópica – pomadas ou cremes que contêm a cortisona
- Anti-histamínicos – um tipo de medicamento muito utilizado para tratar os sintomas de alergia, como por exemplo a coceira.
Se isso não funcionar, o paciente pode ser encaminhado a um dermatologista (especialista no tratamento de doenças da pele) que pode recomendar um tratamento chamado fototerapia com raios ultravioleta UVB.
Os emolientes são cremes, pomadas e loções projetadas para ajudar a pele a manter-se hidratada e aliviar a coceira.
É possível usar as propriedades emolientes quando ocorre a coceira.
Aplique o creme delicadamente, devemos evitar de esfregar a pele vigorosamente.
Alguns emolientes:
- São projetados para agir como um produto de substituição de sabão,
- Geralmente são recomendados porque o sabão normal pode irritar a erupção cutânea.
Estes tipos de emolientes estão disponíveis como medicamentos de venda livre.
Cortisona tópicas
Recomendamos conversar com seu médico se os produtos emolientes não conseguem reduzir a coceira.
Podem ser necessárias mais terapias com uma cortisona tópica.
A cortisona em pomada ou creme que é aplicada diretamente sobre a pele pode ser de dois tipos:
1. O creme de hidrocortisona,
2. A betametasona.
O objetivo principal da cortisona de uso tópico é:
- Reduzir a inflamação (vermelhidão da pele),
- Aliviar a coceira.
Geralmente recomenda-se aplicar o creme ou a pomada com cortisona sobre as áreas da pele afetada, uma ou duas vezes por dia.
Se você aplicar a cortisona como indicado pelo médico, os efeitos colaterais da cortisona serão raros.
Algumas pessoas podem sentir uma leve sensação de ardor na pele, ou a sensação de uma picada durante a primeira vez que espalham o creme.
Esse efeito colateral é temporário e passa depois que o corpo se acostuma ao medicamento.
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Anti-histamínicos
Em caso de dificuldades para dormir por causa da coceira, o médico pode prescrever um anti-histamínico como:
- Hidroxizina (Hixizine),
- Corfenamina (Dexclorfeniramina).
Os anti-histamínicos sedativos são medicamentos indicados para o tratamento de alergias, como rinite alérgica, mas entre os efeitos colaterais causam sonolência para muitos pacientes.
- Normalmente é necessário tomar este medicamento antes de ir dormir.
- Muitas pessoas sentem muito sono quando se acordam na manhã seguinte.
Neste caso, evitar dirigir máquinas.
Tratamento de pitiríase rósea com raios ultravioletas UVB
Se os sintomas não respondem aos tratamentos indicados acima, seu médico pode recomendar a fototerapia com raios ultravioleta UVB.
Este tratamento envolve a exposição controlada da pele à luz ultravioleta por um tempo de poucos segundos até vários minutos em intervalos regulares, sob a orientação de um especialista.
Não é a mesma coisa de um solário de bronzeamento UV.
No entanto, existem algumas dúvidas sobre a eficácia do tratamento com raios UVB para pitiríase rósea.
- Alguns estudos médicos mostram que pode aliviar a coceira,
- Outros notaram que só ajuda a melhorar a aparência da erupção cutânea durante as primeiras semanas da doença.
De acordo com alguns médicos o tratamento com raios UVB poderia causar manchas na pele mesmo após a recuperação.
Algumas pessoas acreditam que a exposição da pele à luz solar natural por períodos curtos pode ser útil.
É preciso ter cuidado para não ficar muito tempo ao sol porque a exposição prolongada pode:
- Danificar a pele,
- Aumentar o risco de desenvolver um melanoma.
Outros tratamentos e medicamentos para pitiríase rósea
Diferentes tratamentos e medicamentos têm sido propostos para a pitiríase rósea, mas há dúvidas sobre a eficácia.
Entre estes estão:
- Aciclovir é um fármaco antiviral criado para tratar infecções por herpes
- Eritromicina é um tipo de antibiótico usado para tratar infecções bacterianas
- Cortisona oral (comprimidos)
É necessário estar ciente de que há pouca evidência científica que demonstra a eficácia e a segurança destes medicamentos para pitiríase rósea.
Remédios naturais para pitiríase rósea
Estes passos podem ajudar a aliviar o desconforto causado por pitiríase rósea:
1. Lave-se em água morna.
2. Tome um banho em uma banheira com farinha de aveia ou bicarbonato de sódio.
A farinha de aveia pode ser encontrada na farmácia.
3. Espalhe um creme com calamina na erupção cutânea.
4. Aplique um gel de aloe vera sobre as manchas.
5. Esfregue uma pasta ou um creme de óxido de zinco para reduzir o tamanho das manchas e a coceira.
6. Siga uma dieta saudável sem carne vermelha, frituras, café e produtos lácteos.
Quanto tempo dura a pitiríase rósea? Pode retornar?
A erupção da pele não é contagiosa.
Na maioria dos casos, o tempo de cura da mácula grande e da erupção secundária é cerca de doze semanas, embora alguns sintomas persistirem por até seis meses.
Quando a erupção desaparece podem ser notadas algumas áreas claras ou escuras na pele.
Estas deveriam voltar ao normal dentro de poucos meses.
A pitiríase rósea não causa cicatrizes.
Geralmente, quando a pitiríase rósea desaparece não deixa manchas brancas ou outras faixas.
As recidivas são raras, uma pessoa com esta doença tem apenas dois por cento de chance de recorrência.
