Pernas inchadas

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As pernas inchadas podem ocorrer em qualquer parte do membro inferior, incluindo os pés, tornozelos, panturrilhas e coxas.
O inchaço nas pernas pode resultar de uma acumulação de fluido (retenção de líquidos), de uma inflamação ou de danos aos tecidos e articulações.

A acumulação de líquido geralmente não é dolorosa, a não ser que seja causada por uma lesão.
As pernas incham muito mais no verão e especialmente à noite, após um dia de trabalho no escritório ou em fábrica.

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© Massimo Defilippo

Muitas causas são inofensivas e de longo prazo (por exemplo, ficar muito tempo em pé) e muitas vezes o médico consegue identificá-las facilmente.

Por vezes, porém, o inchaço das pernas pode ser um sinal de um distúrbio mais grave, tal como um problema de coração ou um coágulo de sangue. O médico que cuida de má circulação e inchaço é o angiologista.

Quais são as causas das pernas inchadas?

As causas mais comuns de edema (inchaço) são:

Inatividade física – o edema é mais comum entre as pessoas que não praticam exercícios físicos e caminham pouco.

Ficar sentado por um longo tempo – ficar sentado por muitas horas no avião diminui o fluxo de sangue nas veias das pernas e pode causar pernas inchadas. Recomenda-se levantar a cada hora para ir ao banheiro ou para fazer alguns passos.

Operação cirúrgica – após uma cirurgia a pessoa pode ter um pouco de inchaço na área afetada, por exemplo, após uma cirurgia de prótese do quadril.

Calor – especialmente quando é combinado com o esforço físico. Quando o corpo tem uma temperatura alta, tem dificuldades para expelir os líquidos dos tecidos, especialmente dos tornozelos.
No verão o problema piora e a pessoa também sente as pernas pesadas, cansadas e com um leve formigamento.

Queimaduras a pele reage às queimaduras com a retenção de líquidos e causando inchaço localizado.

Gravidez durante a gravidez a mulher libera hormônios que ordenam o corpo a reter líquidos. As mulheres grávidas tendem a reter muito mais sódio e água do que as mulheres não grávidas.
Normalmente, durante a gravidez incham o rosto, as mãos, as pernas e os pés.
Quando a mulher está em repouso numa posição reclinada, o útero alargado pode comprimir a veia cava inferior, causando a obstrução de ambas as veias femorais que causam edema.
O sangue de uma mulher grávida coagula mais facilmente, o que aumenta o risco de trombose venosa profunda (TVP) que provoca dor e inchaço na perna abaixo do joelho.
A eclâmpsia, que deriva da hipertensão induzida pela gravidez (pressão arterial elevada), pode causar edema. 

Ciclo menstrual e síndrome pré-menstrual – os níveis hormonais não são estáveis durante o ciclo menstrual. Nos dias que antecedem a perda de sangue, há uma redução nos níveis de progesterona, o hormônio que pode causar a retenção de líquidos.

A pílula anticoncepcional – qualquer fármaco que contém estrogênio pode causar retenção de líquidos. Não é raro para as mulheres engordar enquanto estiverem tomando a pílula contraceptiva.

Menopausa – em torno do período da menopausa, as flutuações hormonais podem causar retenção de líquidos. Além disso, a terapia de substituição hormonal pós-menopausa pode causar edema.

Alguns medicamentos – alguns remédios podem causar edema, por exemplo: os vasodilatadores (medicamentos que são usados para abrir os vasos sanguíneos), os bloqueadores dos canais de cálcio, os anti-inflamatórios não esteroides, os estrogênios, remédios quimioterápicos pesados e alguns remédios para o diabetes como as tiazolidinedionas.

Desnutrição e/ou má alimentação – os nutricionistas afirmam que uma deficiência de tiamina (vitamina B) pode contribuir para a retenção de líquidos. Também um nível baixo de albumina pode ser causado por doenças renais e provocar edema.

Consumo excessivo de sal – especialmente para as pessoas que são predispostas a ter pernas inchadas.

Causas mais graves de pernas inchadas

O edema também pode ser causado por uma doença, em particular os idosos são os mais afetados. As causas principais são:

Doenças renais – os pacientes com doenças renais podem não ser capazes de eliminar a quantidade suficiente de sódio e fluido do sangue.
Isso provoca uma maior pressão sobre os vasos sanguíneos que provoca um impulso do líquido para o exterior.
Os doentes com edema devido a uma doença renal têm inchaço ao redor dos olhos e nas pernas.

Insuficiência cardíaca – quando o coração é incapaz de bombear sangue corretamente a todas as partes do corpo, isso é chamado de insuficiência cardíaca.
Se um ou ambos os ventrículos do coração perderem a capacidade de bombear eficazmente o sangue, ele pode se acumular, causando inchaço nos membros inferiores.

Doenças pulmonares crônicas – as doenças pulmonares que causam edema são várias: asma, bronquite crônica, DPOC, enfisema, fibrose pulmonar e sarcoidose.
Alguns pacientes podem ter uma acumulação de fluidos nos pulmões (edema pulmonar).

Doenças hepáticas – doenças, como a cirrose, que afetam a função hepática causam a secreção de hormônios e substâncias químicas que regulam os fluidos.
As pessoas com cirrose hepática também têm uma maior pressão na veia porta, uma veia grande que transporta o sangue a partir do intestino, baço e pâncreas para o fígado.
Estes problemas podem provocar a retenção de fluidos nas pernas e ascite.

Diabetes – um paciente com diabetes pode ter edema por várias razões, incluindo doenças cardiovasculares, insuficiência renal aguda, insuficiência hepática aguda, doenças intestinais que causam a perda de proteínas e certos medicamentos.

Alergias alguns alimentos e picadas de insetos podem causar um edema em pessoas alérgicas.

Doenças da tireoide – pessoas com um distúrbio da tiroide podem apresentar inchaço nos membros inferiores.

Linfedema nos membros inferiores – as pessoas que sofreram uma cirurgia para um tumor em que são removidos os linfonodos inguinais podem desenvolver um linfedema consistente.

Pernas inchadas

Pernas inchadas
© Massimo Defilippo

A filariose linfática ou elefantíase é uma doença tropical causada por um verme que entra no corpo através da picada de um mosquito.
A filariose pode causar extremo inchaço em um membro, nas mamas ou nos órgãos genitais.

As varizes são dilatações anormais das veias que podem causar inchaço nos tornozelos e nas pernas.
Em casos graves, podem causar úlceras nas pernas e nos pés.

 

Quais são os sintomas de pernas inchadas?

O inchaço nas pernas pode causar dor, ardor, coceira, sensação de peso e cansaço nos membros inferiores.
Muitas vezes o paciente apresenta-se no consultório com celulite e hemorroidas.
Em casos graves, a pessoa afetada pode ter úlceras por estagnação venosa.

Diagnóstico de pernas inchadas

Para o diagnóstico não são necessários exames instrumentais, mas se o médico considerar necessário pode prescrever um eco-doppler que serve para avaliar melhor as veias dos membros inferiores afetados.

 

Qual é o tratamento para pernas inchadas?

As possibilidades terapêuticas são várias: medicamentos, fisioterapia, fitoterapia e mudanças de estilo de vida.
Os principais tratamentos são a drenagem linfática manual, diatermia (ou T.E.C.R.) ou pressoterapia.
A drenagem linfática é una terapia do tipo mecânico: é feita “abrindo” manualmente os gânglios linfáticos e em seguida “desinflando” as pernas empurrando os fluidos no sentido do coração. É possível usar as mãos ou equipamentos eletromédicos.


Outro tratamento eficaz é o caminho vascular que consiste em caminhar numa banheira longa e estreita com água a 22 °C e, em seguida, em outra com água a 32 °C. A mudança brusca de temperatura exterior provoca uma contração seguida de um relaxamento das artérias, induzindo assim uma ginástica vascular.

A fitoterapia é útil para o efeito antiedema com preparações à base de castanha da Índia, Crataegus oxyacantha, centella asiática, cumarina, etc. encontrados na medicina herbal.

Medicamentos para pernas inchadas

O médico pode prescrever alguns medicamentos como Venoruton para insuficiência venosa e fragilidade dos capilares.

10 remédios naturais para pernas inchadas:

  1. Suplementos de magnésio
    Uma carência de magnésio pode contribuir para formar o edema.
    Um suplemento de magnésio pode dar alívio.
    A maioria das recomendações são de 200 mg duas vezes por dia.
    A RDA para o magnésio é de 350 mg por dia.
  1. Yoga
    O exercício físico pode ajudar a melhorar a circulação e o yoga é uma ótima maneira de se mover e concentrar-se no sistema circulatório.
    Recomendamos conversar com o médico primeiro, especialmente aqueles que nunca fizeram ioga.
    Para os iniciantes, é melhor participar de aulas guiadas com um instrutor para que ele possa ajudá-lo a fazer as posturas corretas.
    Uma vez que você tiver se familiarizado com os exercícios, poderá até continuar sozinho em casa.
  1. Água tônica
    Mergulhar o pé na água tônica em temperatura ambiente pode ajudar a reduzir o inchaço.
    Água tônica contém quinino (um extrato com propriedades analgésicas e antipiréticas)
    que, juntamente com as bolhas de água tônica, reduz a inflamação.
    Simplesmente mantenha o pé na água.
  1. Óleo essencial de toranja
    Tomar um banho não muito quente na banheira pode ajudar a reduzir o inchaço,
    especialmente se você também usar algumas gotas de óleo essencial de toranja.
    Se não for possível tomar o banho de banheira, coloque só os pés de molho.
    Alternativamente, você pode misturar as gotas de toranja com óleo de amêndoa ou azeite de oliva e fazer uma pequena massagem nos pés e pernas.
    Neste caso, praticar uma massagem com pressão graduada partindo dos pés para cima.
  1. Banhos em água salgada
    A adição de um punhado de sais na banheira é outro método para aumentar a eficácia do banho.
    Como com óleo de toranja, você também pode usar um balde se o inchaço for limitado aos pés e tornozelos.
    Se as panturrilhas estiverem muito inchadas, provavelmente um banho em água morna é a melhor solução.
    O gelo não é indicado para as pernas inchadas porque só tem um efeito de vasoconstrição, não favorecendo assim a absorção do líquido.
  1. Massagem de drenagem linfática
    Uma drenagem linfática manual é certamente uma solução eficaz para reduzir o edema.
    Se a mulher estiver grávida, recomendamos procurar um terapeuta especializado em massagem pré-natal.
  1. Acessórios de compressão graduada
    Usar roupas ou uma bandagem de compressão graduada pode ajudar a prevenir o inchaço.
    Existem meias de compressão de vários comprimentos que chegam até o joelho ou que cobrem toda a perna.
    Se sentir desconforto, você poderá usar meias graduadas que não cobrem também o pé.
    Atualmente, é também possível usar o Kinesio taping que promove a circulação e absorção do inchaço.
  1. Elevar os pés
    A gravidade favorece a estagnação de líquidos para baixo. Quando se deitar, recomenda-se manter as pernas elevadas, colocando alguns travesseiros sob os pés.
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© Massimo Defilippo

  1. Nadar
    Nadar ou flutuar na água pode ajudar a aliviar o inchaço nos pés e tornozelos. A pressão
    da água pode ajudar a melhorar a circulação dos fluidos no corpo.
  1. Beber
    O excesso de sal contribui para o edema.
    O aumento da ingestão de líquidos pode diluir o sal no corpo.
    Você deve beber pelo menos 8-10 copos de água por dia.
    Para aumentar as propriedades drenantes e anti-inflamatórias, deixe um par de fatias de pepino e limão em infusão na água.

Como fazer a prevenção e a manutenção dos resultados obtidos?

É necessário mudar os hábitos de vida diária para sofrer menos com esse distúrbio. Em particular, recomendamos:

  • Emagrecer;
  • Seguir uma dieta rica em frutas, vegetais e cereais;
  • Evitar o consumo de álcool, café e fumo de cigarro;
  • Usar sapatos sem saltos, de preferência um tênis;
  • Não ficar muito tempo parado. Se o trabalho obrigar a manter esta postura é melhor tentar dar alguns passos ou levantar-se na ponta dos pés de vez em quando;
  • Realizar atividade física regular (ciclismo, natação, ginástica, etc.) e seguir um estilo de vida não sedentário;
  • Não usar roupas apertadas;
  • Colocar calços debaixo do pé da cama para manter as pernas levantadas durante toda a noite e favorecer o retorno venoso.

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