Capsulite adesiva ou ombro congelado

A Capsulite adesiva ou ombro congelado é um distúrbio que afeta a cápsula da articulação do ombro.
A cápsula articular envolve e contém a articulação do ombro.
É muito importante porque une o úmero à escápula.

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A principal característica da capsulite adesiva é a perda da mobilidade articular.
A capsulite causa muita dor no ombro quando você tenta levantar o braço, mesmo que o movimento seja passivo.

Capsulite adesiva ou ombro congelado

© fotolia.com

A cápsula da articulação não fica inflamada, mas se formam fibrose e aderências, além disso aumenta a produção de colagênio.
Isto envolve a formação de novo tecido fibroso.
A cápsula se torna mais espessa e volumosa, perde a elasticidade e se retrai, desta forma o movimento diminui.
O conteúdo do fluido sinovial é progressivamente reduzido.
Esta doença é mais comum em mulheres do que homens, se o paciente for canhoto vai ser atingido o ombro esquerdo.
Geralmente, a idade de início é entre 45 e 65 anos de idade.
É raro encontrar uma capsulite adesiva bilateral.
A duração da doença é de muitos meses, geralmente se resolve em 1,5 ou 2 anos.

 

 

Quais são as causas do ombro congelado?

Não existe uma causa certa, mas existem alguns fatores predisponentes.
As pessoas que são mais propensas a ter capsulite adesiva em relação aos outros são:

  • Aquelas que sofrem de diabetes, colesterol alto e doenças do coração;
  • Aquelas que sofrem de um grande trauma, como uma fratura ou luxação;
  • Quem foi submetido a uma cirurgia, por exemplo a mastectomia.

Existem muitas teorias diferentes, alguns autores acreditam que é de origem metabólica, neurológica ou endócrina, outros pensam que a etiologia é um efeito colateral de alguns medicamentos.

 

Quais são os sintomas da capsulite adesiva ou ombro congelado?

A capsulite adesiva está dividida em três fases.

A primeira fase (dolorosa ou com resfriamento) consiste na inflamação da cápsula articular e ocorre uma contratura dos músculos rotadores do ombro.
A dor é muito forte, pode ser constante e pode ser sentida mesmo durante a noite.
Esta fase pode durar entre 6 semanas e 3 meses.

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Capsulite adesiva, dor no ombro – © Massimo Defilippo

A segunda fase é aquela em que ocorre o congelamento do ombro.
A deterioração é progressiva e atinge o seu pico após cerca de 2 meses.
A mobilidade é reduzida em flexão, abdução, rotação interna e externa, raramente a extensão é limitada.
A principal diferença entre a capsulite adesiva e outras doenças do ombro é o bloqueio rígido quando se atinge o limite de movimento.
Não é possível alcançar a amplitude articular, mesmo se forçar o movimento do braço.
A amplitude do movimento ativo e passivo é a mesma.

A limitação funcional pode ser muito grave, o paciente é incapaz de realizar um trabalho manual, também pode ter dificuldade em atividades normal da vida cotidiana.
Pode tornar-se impossível realizar os movimentos que exigem a rotação interna do ombro: prender o sutiã, lavar suas costas, pentear os cabelos, tirar a carteira do bolso ou pegar um cinto de segurança.
Existem fatores climáticos que pioram os sintomas: condições e mudança do tempo.
As tarefas repetitivas podem causar um aumento temporário da dor.

Alguns pacientes não conseguem realizar reabilitação adequada na academia por causa da dor.
A segunda fase tem uma duração de cerca de um ano.

A terceira e última fase (descongelamento) consiste no aumento da elasticidade da cápsula.
A mobilidade da articulação aumenta e em 90% dos casos o paciente recupera a amplitude total de movimento.

 

Quais são os testes instrumentais mais útil para a capsulite adesiva?

Os testes mais úteis são a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.
Estas ferramentas de diagnóstico mostram a condição dos tecidos moles, ou seja, a cápsula articular, ligamentos e tendões.
Se o sujeito sofre de capsulite adesiva, os testes mostram um espessamento da cápsula e os recessos capsulares que contêm o líquido sinovial.
É possível que seu médico aconselhe que você faça exames de sangue para verificar os níveis de açúcar no sangue e colesterol.

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© alamy.com

Como é diagnósticado o ombro congelado?

O diagnóstico é clínico, o médico ortopedista analisa a historia médica e realiza um exame físico.

A característica mais importante é a redução de amplitude do movimento passivo do ombro.

O seu médico deve fazer testes de movimento ativo e passivo, se não houver diferenças existe suspeita de capsulite.
Todos os movimentos são dolorosos, em particular, a flexão e rotação.
O diagnóstico diferencial é realizado considerando a lesão do manguito rotador, calcificação, periartrite, bursite e síndrome do impacto subacromial.

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