Dor na articulação sacroilíaca, como diagnosticar e curar

Como diagnosticar a dor na articulação sacroilíaca?

O diagnóstico começa com a anamnese e um exame físico.

A infiltração do anestésico na articulação sacroilíaca sob a orientação da tomografia computadorizada (TC) ou fluoroscopia é o exame padrão para o diagnóstico de disfunção da articulação sacroilíaca (Poley et al., 2008).
O médico injeta um anestésico na articulação.
Se este tratamento reduzir a dor de pelo menos 75% durante os movimentos que doem, o diagnóstico de disfunção articular da SI é confirmado.

Entre os exames que podem ser feitos para o diagnóstico, há também:

• Radiografia
  O paciente deve realizar a radiografia pélvica, do quadril ou da coluna lombar como recomenda o médico.
• A tomografia computadorizada dá informações mais detalhadas sobre as articulações e ossos.
  Ambos a radiografia e a tomografia computadorizada diagnosticam a sacroileíte.
  Isto aparece como uma esclerose das articulações: o médico vê a erosão do osso em torno das articulações.

 

Tratamento para dor na articulação sacro-ilíaca

Entre os tratamentos que o médico aconselha estão:

1. Infiltração de anestésico e cortisona na articulação (Geralmente, é o primeiro tratamento que o médico aconselha) para reduzir a inflamação
2. A ablação por radiofrequência é recomendada (Peebles et al. – 2017). Este tratamento consiste em uma corrente elétrica de alta freqüência que passa através de uma agulha e produz calor.
   O calor é usado para criar uma pequena lesão dentro de um nervo, interrompendo assim o sinal de dor (Leggett et al., 2014).
3. Manipulações da articulação sacroilíaca (Bernard et al., 1987)
4. Terapia manual para desbloquear a sínfise púbica (entre os ossos pubianos)
5. Exercícios específicos (Mooney et al – 2002) para corrigir a rotação do osso ilíaco em relação ao sacro e estabilizar a articulação.
6. Acupuntura,
7. Proloterapia (Cusi et al. – 2010) – esta é uma injeção que introduz pequenas quantidades de uma solução irritante nos tendões, articulações ou ligamentos para estimular o crescimento de células e tecidos normais (Linetsky et al. – 2005),
8. Infiltrações de ácido hialurônico, o ácido hialurônico é um componente da cartilagem que pode ser injetado nas articulações para facilitar o deslizamento dos ossos da articulação,
9. Fusão cirúrgica – uma operação que é usada para unir os ossos da articulação e bloquear o movimento.

Leia também

• Dor na articulação sacroilíaca, como identificar?
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• Dor no osso sacro

Bibliografia:

1. Laura E Leggett, MSc, Lesley JJ Soril, MSc, Diane L Lorenzetti, MLS, Tom Noseworthy, MD MSc, Rodney Steadman, MSc,Simrandeep Tiwana, PhD, and Fiona Clement, PhD. Radiofrequency ablation for chronic low back pain: A systematic review of randomized controlled trials. Pain Res Manag. 2014 Sep-Oct; 19(5): e146–e153.
2. Mens JM, Vleeming A, Snijders CJ, Koes BW, Stam HJ. Validity of the active straight leg raise test for measuring disease severity in patients with posterior pelvic pain after pregnancy. Spine (Phila Pa 1976). 2002 Jan 15; 27(2):196-200.
3. Bernard TN Jr, Kirkaldy-Willis WH. Recognizing specific characteristics of nonspecific low back pain. Clin Orthop Relat Res. 1987 Apr; (217):266-80.
4. Mooney V, Pozos R, Vleeming A, Gulick J, Swenski D. Exercise treatment for sacroiliac pain. Orthopedics. 2001 Jan; 24(1):29-32.
5. Cohen SP, Abdi S. Lateral branch blocks as a treatment for sacroiliac joint pain: A pilot study. Reg Anesth Pain Med. 2003 Mar-Apr; 28(2):113-9.
6. Cusi M, Saunders J, Hungerford B, Wisbey-Roth T, Lucas P, Wilson S. The use of prolotherapy in the sacroiliac joint. Br J Sports Med. 2010 Feb; 44(2):100-4.
7. Linetsky FS, Manchikanti L. Regenerative injection therapy for axial pain. Tech Reg Anesth Pain Manage. 2005;9:40–9.
8. Poley RE, Borchers JR. Sacroiliac joint dysfunction: evaluation and treatment. Phys Sportsmed. 2008 Dec;36(1):42-9. doi: 10.3810/psm.2008.12.10.
9. Peebles R, Jonas CE. Sacroiliac Joint Dysfunction in the Athlete: Diagnosis and Management. Curr Sports Med Rep. 2017 Sep/Oct;16(5):336-342. doi: 10.1249/JSR.0000000000000410.