Testes para ombro, Neer, Yocum, Hawkins, Jobe, ecc

INDICE


Para determinar a causa da dor no ombro e no braço é necessário um profissional que entenda de onde vêm os sintomas e que conheça os testes para cada doença.
Um exame adequado do ombro avalia:

  • Força,
  • Movimento,
  • Função da articulação do ombro.

Os testes clínicos de avaliação permitem ao médico fazer o diagnóstico, mas ele pode prescrever um exame de imagem como ressonância magnética para confirmação.

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Teste de Neer – © Massimo Defilippo

Teste para síndrome do impacto subacromial

O teste de Neer é visto quando o tendão do supra-espinhal do paciente é esmagado sob o arco coracoacromial.

O teste é realizado levantando o braço com o ombro rodado internamente.
A escápula deve ser estabilizada durante a manobra para impedir o movimento escapulotorácico.
A dor com esta manobra pode indicar o impacto subacromial.

Teste de Hawkins

O teste de Hawkins é feito com freqüência para a avaliação do impacto subacromial.

O examinador deve agarrar:

  • O braço do paciente perto do cotovelo com uma mão,
  • O pulso do paciente com outra mão.

O teste de Hawkins é realizado por elevação do braço do paciente para a frente (antepulsão) em 90 graus, enquanto faz a rotação interna do ombro.
A dor com esta manobra pode indicar um impacto subacromial.
Um estudo mostrou que o teste de Hawkins é mais sensível respeito aquele de Neer por impacto do ombro

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Test di hawkins – © Massimo Defilippo

Teste de Yocum
Este teste é realizado com o paciente e o examinador de pé.
Posição do paciente: a mão do braço a ser avaliado deve ser apoiada sobre o ombro oposto.
O teste de Yocum consiste em empurrar o cotovelo para cima contra a resistência do examinador.
Se o paciente sente dor significa que o teste é positivo, então isso pode indicar um impacto subacromial.


Testes para manguito rotador do ombro

Entre os testes ortopédicos para a avaliação do manguito rotador estão:

Teste de queda do braço (Drop-arm Test)
A ruptura do manguito rotador pode ser avaliada neste teste.
O teste de queda de braço é feito levantando o ombro do paciente com o cotovelo estendido e a mão chega à altura do ombro.
Se o braço cai significa que o paciente tem uma lesão do manguito rotador, em particular do supra-espinhal.
O paciente pode ser capaz de abaixar o braço lentamente até 90 graus (porque este movimento é executado para a maior parte do músculo deltóide), mas não será capaz de resistir mais abaixo.

Teste de Jobe
Este é o teste mais utilizado para saber se o paciente tem uma lesão ou tendinite do tendão supra-espinhal.
Posição do paciente: de pé com o ombro em abdução de 90º, anteposição de 30º e o polegar para baixo.
Posição do examinador: de pé ao lado do paciente que agarra o pulso do paciente.
Realização do teste: o médico empurra para baixo, enquanto o paciente resiste à pressão.
O teste é positivo se o paciente sente dor ou não pode resistir.

Teste para articulação acromioclavicular

Teste de flexão-adução ou Cross arm Test
Os pacientes com a disfunção da articulação acromioclavicular muitas vezes têm dor no ombro.
O cross-arm test ajuda a isolar a articulação acrômio-clavicular.
O paciente levanta o braço afetado a um ângulo de 90 graus.
O examinador executa uma adução do braço que empurra o acrômio contra a extremidade distal da clavícula.
A dor na articulação acromioclavicular siginifica que o teste é positivo.
Isso pode ocorrer em caso de:

1. Artrite da articulação acromioclavicular,
2. Luxação da articulação acromioclavicular,
3. Lesão de um ligamento entre os dois ossos.


Teste para instabilidade do ombro

Os testes descritos nesta seção são úteis para avaliar a estabilidade da articulação glenoumeral.
O membro saudavèl deve ser analisado para fazer uma comparação com aquele doloroso.

Teste de apreensão

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© Massimo Defilippo

Teste de instabilidade e apreensão
O teste de apreensão anterior é realizado com o paciente deitado ou sentado e com o braço em uma posição neutra em 90 graus de abdução.

  • O examinador pega o braço do paciente com uma mão,
  • A outra mão pega o pulso do paciente.

O examinador estabiliza o ùmero em rotação externa do ombro.
Dor ou apreensão por uma sensação de iminente subluxação ou luxação indica instabilidade glenoumeral anterior.

Teste de apreensão posterior
A instabilidade posterior do ombro pode ser avaliada através de um teste simples com o paciente deitado ou sentado segurando o ombro em abdução de 90 graus e cotovelo em flexão de 90 graus.
O examinador deve empurrar a cabeça do úmero para trás.
Dor ou sensação do braço que sai indica instabilidade posterior.

Teste do Sulco
O paciente e o examinador estão de pé.
Com o braço do paciente na posição neutra, o examinador agarra o punho e puxa o braço para baixo observando se formar um sulco ou depressão no lado do ombro sob o acrômio.
A presença de um sulco abaixo do ombro indica instabilidade glenumeral inferior. O examinador deve se lembrar que muitos pacientes sem sintomas, especialmente adolescentes, normalmente têm um certo grau de instabilidade.

Teste de recolocação de Jobe
O teste de recolocação é realizado imediatamente após o resultado positivo do teste de apreensão.
Posição do paciente: A mesma que o teste de apreensão: o paciente deve estar em decúbito dorsal com o ombro em abdução e flexão de 90°, o cotovelo forma um ângulo reto.
Nesta posição, o paciente sente dor. Então, o examinador aplica uma força posterior à cabeça do úmero.
A diminuição da dor ou da apreensão indica instabilidade glenoumeral anterior.

Teste para o músculo bíceps do ombro

Teste de Yegarson
O teste de Yergason é utilizado para avaliar o tendão do bíceps.
Posição do paciente: de pé com o braço e cotovelo deve estar sempre em contato com o peito.
Neste teste, o cotovelo do paciente é inicialmente em flexão de 90 graus com o polegar para cima.
O paciente deve dobrar o cotovelo e fazer a supinação do antebraço (rotação da palma da mão para cima) contra a resistência manual do terapeuta.
Se o paciente sente dor na parte frontal do ombro com esta manobra,

  • Se você não sente o estalido (click) do tendão, isso significa que o paciente sofre de tendinite do bíceps ou tem uma lesão do labrum glenoidal.
  • Se a manobra provoca o salto para fora do sulco bicipital, indicando uma lesão ou frouxidão do ligamento umeral transverso.

Teste Palm up o manobra de Gillchrist
O cotovelo do paciente é estendido, o antebraço em supinação (palma para cima) e o braço para a frente aproximadamente na altura do ombro.
O paciente deve empurrar para cima e o examinador empurra para baixo o braço na altura do pulso.

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Palm up test – © Massimo Defilippo

Teste para Lábio (Labrum) Glenoidal

Fulcrum test
As lesões do labrum glenoidal são avaliadas com o paciente em decúbito dorsal (barriga para cima).
O paciente deve manter o ombro sobre a borda da cama.
O examinador deve manter uma mão atrás do ombro, enquanto a outra fica sobre o punho.
Posição do paciente: abdução do ombro de cerca de 90 graus, a partir dessa posição faz uma rotação do ombro para fora, empurrando a cabeça do úmero para a frente.
Durante o movimento do braço, o examinador pode sentir rachar a articulação ou dor, neste caso, o teste é positivo.

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© alamy.com

Teste de O’brien
Posição do paciente: sentado em uma posição relaxada ou de pé.
O braço está em 90° de flexão, 10 graus de adução e rotação interna completa (polegares para baixo).
O examinador empurra o braço para baixo enquanto o paciente resiste empurrando para cima.
O teste deve ser repetido, mas com o braço numa posição neutra (com o polegar para cima).
Interpretação dos resultados:
O teste é considerado positivo se houver dor ou um estalido quando o braço está em rotação interna, mas não quando o braço está na posição neutra.
A dor ao nível da articulação acromioclavicular indica um distúrbio dessa articulação.
Se o paciente tem dor profunda no ombro, o teste é positivo para uma lesão do labrum glenoidal.
Em caso de problema na articulação acromioclavicular, o paciente tem dor em ambas as posições de teste.

Leia também

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