Avaliação inicial e tratamento para fratura da tíbia
Exame mèdico
A coisa mais importante na avaliação de uma fratura da diáfise da tíbia é entender como o trauma ocorreu, principalmente para descobrir o mecanismo e as forças que causaram a fratura.
INDICE |
A força gerada no trauma com veículos a motor é cerca de cem vezes maior do que uma simple queda.
Embora as radiografias das fraturas da tíbia podem parecer semelhantes, as lesões dos tecidos moles associados são muito diferentes.
A maioria das fraturas desviadas são reconhecidas com a observação .
A palpação é usada somente para avaliar a dor no osso.
A parte mais importante do exame clínico é ver se existe quaisquer danos dos nervos ou dos vasos sanguíneos.
Algumas fraturas, como aquela proximal da tíbia desviada (perto do joelho), pode provocar algumas lesões arteriais.
Uma lesão arterial é uma emergência ortopédica e precisa da reconstrução imediata com estabilização adequada da fratura.
A síndrome compartimental envolve uma ação urgente.
Esta síndrome pode ocorrer em qualquer momento durante os primeiros dias após o trauma.
É mais comum em fraturas desviadas , mas pode ocorrer em fraturas simples e expostas, mesmo depois a colocação de uma haste intramedular.

Fratura exposta de tíbia e fíbula – © Massimo Defilippo
Avaliação radiográfica
A radiografia é o pilar do diagnóstico.
A projeção anteroposterior e lateral são utilizadas na maioria dos casos, enquanto que aquelas oblíqua pode ser útil para a fratura da metáfise.
A tomogràfia computadorizada e a ressonância magnética não são usadas na avaliação das lesões agudas da diáfise, embora possam ser úteis no planeamento de cirurgia reconstrutiva, em caso de fratura complexa não consolidada.
A terapia médica para fratura da tíbia
Geralmente, os dois modelos de gestão para uma fratura da tíbia são:
1. Não-cirúrgica
Gesso externo inicialmente e depois uma órtese.
Reforço funcional.
2. Cirúrgica
A cirurgia envolve a inserção de uma placa, haste intramedular ou fixação externa.
O gesso para fratura da tíbia
O uso do gesso é o método mais popular de tratamento para a fratura da diáfise da tíbia. Este método foi utilizado independentemente dos danos dos tecido moles e do esmagamento, pela estabilidade da fratura.
Os primeiros dias de tratamento conservador para fraturas da diáfise envolve um período de tração, depois a aplicação de um gesso para imobilizar a perna.
O gesso deve incluir a articulação proximal (joelho) e distal (tornozelo) para imobilizar correctamente a tíbia.
O gesso não deve ser mantido por um período de mais de 8-12 semanas para evitar a rigidez do tornozelo, após a retirada deve ser substituída por uma órtese.
A radiografia deve ser repetida depois de 15 dias, 1 mês e 2 meses para permitir um controle da posição dos ossos na fratura.
Depois de 4-8 semanas ou quando o medico vê o sinal da consolidação óssea, se remove o gesso longo que chega acima do joelho e substituí-lo por uma órtese.
Resultados
Os fatores que afectam os resultados e os tempos de recuperação são o deslocamento inicial dos fragmentos, o grau de esmagamento e as condições da fíbula.
Complicações do gesso
A rigidez articular, especialmente da articulação do tornozelo, é claramente o principal problema do tratamento com gesso em fraturas da tíbia.
Esta deficiência é causada por fraturas que são imobilizados com gesso por um longo período.
Recomendamos a mobilização passiva feita por um fisioterapeuta experiente para recuperar a amplitude de movimento normal no menor tempo possível.
Quando a dor o permite, você tem que fazer exercícios ativos para recuperar a funcionalidade e a força.
O tratamento cirúrgico para fratura da tíbia
Os tipos de cirurgia para a fratura da diáfise da tíbia são a fixação externa, haste intramedular e inserção de uma placa.
A fixação externa da fratura com placas e parafusos convencionais pode não funcionar no osso frágil.
Os fixadores externos bloqueados dão uma melhor fixação no osso osteoporótico.
No membro inferior, a fixação com haste intramedular permite a sustentação de peso precoce e é preferível a fixação com placas e parafusos, pois existe o risco de fracasso, se a recuperação é longa.
Para as fraturas metafisárias ou intra-articulares geralmente a haste intramedular não é adequada.
Neste caso serve uma redução direta e estabilidade absoluta para manter as relações anatômicas dos ossos na articulação.
A qualidade do osso é muito importante.
A osteoporose grave diminui a estabilidade dos parafusos e placas.
O tratamento das fraturas patológicas também pode ser diferente. Em um paciente com uma expectativa de vida limitada pode ser mais útil se concentrar em mobilidade e alívio da dor, em vez de uma redução perfeita.
O uso de um adjuvante técnico, por exemplo, a utilização do cimento ósseo deve ser considerado, embora possa retardar a formação de calo ósseo.
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